
junho
Antonio Rollemberg
Musk, Gates e Jobs, seriam eles os Don Quixotes contemporâneos?
Em um mundo cada vez mais digital, onde a realidade virtual se entrelaça com a realidade física, surgem figuras que, tal como o famoso cavaleiro da triste figura, Don Quixote, se lançam em batalhas contra gigantes imaginários. Estes são os Don Quixotes digitais, visionários que, armados com suas ideias e sonhos, desafiam o status quo e se propõem a mudar o mundo. Entre eles, destacam-se Elon Musk, Bill Gates e Steve Jobs.
Elon Musk, o cavaleiro da nova era espacial, vê moinhos de vento em forma de foguetes e carros elétricos. Com a SpaceX e a Tesla, Musk enfrenta os gigantes da indústria aeroespacial e automobilística, respectivamente. Seu sonho? Colonizar Marte e tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Para muitos, uma loucura digna de Don Quixote. Para Musk, uma necessidade para a sobrevivência da espécie humana.
Bill Gates, por sua vez, enxerga moinhos de vento na forma de desigualdades sociais e doenças. Com a Microsoft, Gates revolucionou a forma como interagimos com a tecnologia, tornando-a acessível a milhões de pessoas ao redor do mundo. Com a Fundação Bill e Melinda Gates, ele luta para erradicar doenças como a malária e melhorar a educação e a saúde em países em desenvolvimento. Uma batalha quixotesca, sem dúvida, mas que já produziu resultados tangíveis.
Steve Jobs, o cavaleiro da inovação, via moinhos de vento em cada aparelho eletrônico obsoleto. Com a Apple, Jobs transformou a forma como nos comunicamos, trabalhamos e nos divertimos. Seu sonho? Colocar um computador em cada mesa de trabalho, em cada casa, e em cada bolso. Uma ideia que, na época, parecia tão louca quanto atacar moinhos de vento. Mas Jobs, assim como Don Quixote, nunca desistiu de seus sonhos.
Musk, Gates e Jobs são, sem dúvida, os Don Quixotes contemporâneos. Eles veem o mundo não como ele é, mas como poderia ser. Eles sonham com um futuro melhor e lutam para torná-lo realidade. Eles enfrentam gigantes – sejam eles corporações poderosas, desigualdades sociais ou tecnologias obsoletas – e, mesmo quando são derrotados, se levantam e continuam a lutar.
Assim como Don Quixote, eles são ridicularizados, criticados e até mesmo vilipendiados. Mas também são admirados, respeitados e seguidos por milhões de pessoas ao redor do mundo. Porque, no final das contas, todos nós precisamos de Don Quixotes. Precisamos de pessoas que sonhem grande, que se atrevam a desafiar o impossível e que nos inspirem a fazer o mesmo.
Portanto, da próxima vez que você ouvir falar de Elon Musk, Bill Gates ou Steve Jobs, lembre-se de Don Quixote. Lembre-se de suas batalhas, deseus sonhos e de sua coragem. E, quem sabe, você também possa se inspirar a enfrentar seus próprios moinhos de vento. Porque, no final das contas, todos nós temos um pouco de Don Quixote dentro de nós. E o mundo precisa de mais Don Quixotes, seja no campo de batalha digital ou na vida real.